Learning to write and to read… It might sound
like a project with some children from a preschool or the first school year,
but quite the reverse…
After finishing my EVS a few weeks ago I want
to share with you one of my favourite projects which was, and still is, very
dear to my heart: My project in the Centro
(Centro Social Paroquial de Deão) with a group of old people, who never or just
a short time attended school and who were, even in their old age, eager to learn.
But let’s start from the beginning. During my
EVS I took the lunch at the weekdays usually in Centro. The Centro, as you
might know from Melanie and Gretel, is a parochial social institution,
combining a day care centre and an old people’s home. As we eat together with
the employees in their recreation room, normally there isn’t any contact with
the residents. So starting to work with the elder people after being two months
in Portugal was, although we accompanied the Centro on a trip to Fátima in one of our first weeks, something
really new for Javier and me.
The trip to Fátima was a special experience. In
April Javier, Natalia and I were invited to join the Centro on a trip with the old people to Fátima, to help with the
wheelchairs and to support some of the elder people while walking. As nobody of
us has ever been there and we were all curious about this place, we accepted
and on a Thursday morning we find ourselves in the bus to Fátima. Sitting in
there we already survived the hardest part of the day, waking up three hours
earlier to take the bus to Deão at 7:20 ;-).
We thought we could catch up on sleep during
the trip from Deão to Fátima, but wrong! Being around
20 minutes in the bus, they started to sing and pray, so sleeping was
impossible. But it was not a problem; I liked to hear the Portuguese Christian
songs, sung with so much devotion and enthusiasm, sounding more powerful than
the German ones. Before going to the Santuário
de Fátima we stopped at a place to take lunch. There we got a first impression
of the work with old people: Helping them going to toilet, giving them their
medicine, knowing who needs what – everything was really well organized. Our
job was to accompany the old people to their tables, first we had a little fear
of contact but we lost it during the day. So after lunch we went to the
sanctuary, first to a chapel and after to the public mass at the Capelinha das Aparições with the view on
the Basílica do Rosário. During the
mass we took a look around, absorbing the atmosphere. The place is impressive,
but seeing people walking there on their knees praying in an obsequious way was
a little disconcerting for me. During the whole day we felt the meaning and
magic that Fátima has for the people and I really liked to see them waving
their tissues to say goodbye when we left Fátima.
A few weeks
after, Javier and I had a meeting with Andreia to talk about the project. She
told us that we will work together with a small group of old people, mainly
women, to teach them how to read and to write. It was strange for us that
people in this age are illiterates, but we learned that in Portugal it is very
common for people in this age; they just needed to go to school for a few years
and especially in rural areas they were needed at home. We both had no
experience in working with old people, but we were curious about it.
A week
after we started the project with a lesson to get to know the group. We
presented ourselves and in return the old people presented there selves and
told us about traditions from the region. After the lessons where almost always
the same, every participant had his little exercise book and we had some
worksheets to fill. We usually explained them what to do and helped them when
they had problems. They had different levels and also the form on the day was
always different and decisive. In summer we had a little break of a view weeks
and after, as Javier had left the project, I worked alone with them. It was
more work, but I didn’t enjoy it less.
In the
project I haven’t just taught, I also learned.
First of all I learned how to teach elder people, how to handle with
them, how to motivate them for example when they say: “I never learned how to
write during my life how I can learn it now?” But I also learned from them
about life, when they were talking about their lives and experiences.
I liked the
trip to Fátima and the project, those two things allowed me to gain an insight
into another field of work, which I always looked respectfully and my respect
for people working in this field increased. The project was something new for
me and different from the other work I did during my EVS and I would like to
thank for this experience, because I really enjoyed the work with the elder
people.
Sara
Aprender a ler e a escrever ... Pode soar como um projeto desenvolvido com algumas crianças da pré-escola ou do primeiro ano escolar, mas pelo contrário ...
Depois de
terminar o meu SVE há algumas semanas quero compartilhar convosco um dos meus
projetos favoritos que era, e ainda é, muito querido para o meu coração: O meu
projeto no Centro Social Paroquial de
Deão com um grupo de idosos que nunca ou apenas por um curto período de
tempo frequentaram a escola e que estavam, mesmo em sua velhice, ansiosos por
aprender.
Mas vamos
começar do início. Durante o meu SVE normalmente almoçava durante a semana no Centro. O Centro, como vocês puderam saber através da Melanie e da Gretel, é
uma instituição social paroquial, combinando uma creche e um lar de idosos. Como
nós comemos com as funcionárias na sua sala de convívio, normalmente não há qualquer
contacto com os utentes. Assim, começar a trabalhar com idoso depois de dois
meses em Portugal foi, embora acompanhássemos o Centro numa viagem a Fátima
numa das nossas primeiras semanas, algo realmente novo para o Javier e para
mim.
A viagem a
Fátima foi uma experiência especial. Em Abril, o Javier, a Natalia e eu fomos
convidados a acompanhar o Centro numa
viagem com os idosos a Fátima, para ajudar com as cadeiras de rodas e para
apoiar algumas pessoas idosas enquanto caminhavam. Como nenhum de nós tinha ido
lá e estávamos curiosos sobre este lugar, aceitamos, e numa manhã de
quinta-feira encontramo-nos no autocarro para Fátima. Já sentados, tínhamos
sobrevivido à parte mais difícil do dia: acordar três horas antes para apanhar
o autocarro para Deão às 7:20 ;-).
Pensávamos
que poderíamos apanhar o sono durante a viagem de Deão a Fátima, mas errado!
Estando cerca de 20 minutos no autocarro, eles começaram a cantar e rezar,
dormir era impossível. Mas não era um problema; Gostava de ouvir as canções
cristãs portuguesas, cantadas com tanta devoção e entusiasmo, soando mais
poderosas do que as alemãs. Antes de ir ao Santuário de Fátima, paramos em um
lugar para almoçar. Lá tivemos uma primeira impressão do trabalho com idosos: ajudando-os
a ir à casa de banho, dando-lhes o remédio, sabendo o que cada precisava – tudo
estava realmente bem organizado. A nossa tarefa era acompanhar os idosos às
suas mesas, primeiro tivemos um pouco de medo de contacto, mas perdemos durante
o dia. Então, depois do almoço fomos ao santuário, primeiro para uma capela e
depois para a missa pública na Capelinha das Aparições com vista para a
Basílica do Rosário. Durante a missa, olhamos em redor, absorvendo a atmosfera.
O lugar é impressionante, mas ver pessoas a andar lá de joelhos rezando, numa
forma submissa, foi um pouco desconcertante para mim. Durante todo o dia
sentimos o significado e a magia que Fátima tem para as pessoas e eu realmente
gostei de vê-las acenando os lenços para dizer adeus quando saímos de Fátima.
Algumas
semanas depois, o Javier e eu tivemos um encontro com a Andreia para falar
sobre o projeto. Ela disse-nos que ámos trabalhar com um pequeno grupo de
idosos, principalmente mulheres, para ensiná-los a ler e a escrever. Era estranho
para nós ver pessoas com esta idade analfabetas, mas aprendemos que em Portugal
é muito comum nas pessoas com esta idade; Eles só precisavam ir à escola por
alguns anos e especialmente nas áreas rurais eram necessários em casa. Nós não
tínhamos experiência no trabalho com pessoas idosas, mas estávamos curiosos.
Uma semana
depois começamos com o projeto, a primeira sessão foi para conhecer o grupo.
Apresentamo-nos e, em contrapartida, as pessoas idosas apresentaram-se e
falaram-nos sobre as tradições da região. Nas sessões
seguintes foi quase sempre o mesmo, cada idoso tinha o seu pequeno livro de
exercícios e tinham algumas folhas para preencher. Nós geralmente explicávamos
o que fazer e ajudávamos quando tinham problemas. Eles tinham diferentes níveis
e também a forma de estar no dia era sempre diferente e decisiva. No verão,
tivemos uma pequena pausa, e depois, como o Javier tinha deixado o projeto, eu
trabalhei sozinha com eles. Foi mais trabalho, mas eu não gostei menos.
No projeto
eu não só ensinei, também aprendi. Em primeiro lugar, aprendi a ensinar as
pessoas mais velhas, como lidar com elas, como motivá-las, por exemplo, quando
diziamm: "Nunca aprendi a escrever durante a minha vida como posso
aprender agora?". Mas também aprendi com eles sobre a vida, quando
eles falavam sobre as suas vidas e
experiências.
Gostei da
viagem a Fátima e do projeto, essas duas coisas me permitiram ter uma visão de
outro campo de trabalho, que sempre olhei respeitosamente, e o meu respeito
pelas pessoas que trabalham neste campo aumentou. O projeto era algo novo para
mim e diferente do outro trabalho que eu fazia durante o meu SVE. Eu gostaria
de agradecer por essa experiência, porque eu realmente gostei do trabalho com
as pessoas mais velhas.
Sara
Muito obrigada pelas tuas palavras Sara!!
ReplyDeleteÉ bom saber que nos levas no teu coração!!
Também ficaste nos nossos😊
Um beijinho grande de todos os utentes e muitas felicidades para ti😘❤